17.1.12

Hora de dormir.

É na hora de dormir que o silêncio me traz o que escrever.
Pensamentos soltos, sentimentos enraizados.
A angústia de um dia inteiro em minutos sonolentos e despertos.
Sinto falta de quando meus únicos medos eram formas imaginárias na escuridão.
Agora a imaginação agiganta o medo em várias formas dentro de mim.

11.9.11

Talento e Carisma

Alguns nascem para ser Roberto, outros Erasmo.
Alguns chegam a Lula, mas não a Dilma.
E Ela só queria Diana, nem pensava em Rainha da Inglaterra...
Mas, nem Zezé, nem Luciano.
Talvez uma Maria da Inglaterra, bem piauiense, porque Validuaté já seria de mais!

Los Hermanos cantam Romeu e Julieta

Que música mais lindinha! rs

Romeu e Julieta - Los Hermanos

Assim que o amor entrou no meio, o meio virou amor
O fogo se derreteu, o gelo se incendiou
E a brisa que era um tufão
Depois que o mar derramou, depois que a casa caiu
O vento da paz soprou

Clareou, refletiu, se cansou do ódio e viu que o sonho é real
E qualquer vitória é carnaval, carnaval, carnaval
Muito além da razão, bate forte emoção, ilusão que o céu criou
Onde apenas o meu coração amará, amará

O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar
Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz

Vem aqui, vem viver, não precisa escolher os jardins do nosso lar
Preparando a festa pra sonhar, pra sonhar, pra sonhar
Faça chuva, vem o sol, em comum o futebol deu você e o nosso amor
Convidando as mágoas pra cantar, pra cantar, pra cantar

O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar
Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz


17.8.11

Revista TereZona

Só tenho uma palavra para a mais nova revista de (/sobre) Teresina: AMEI!

Mentira, tenho muitas outras palavras! Bem mais que 140 caracteres, na verdade. Adorei a ideia (claro), os textos, os temas e, principalmente, a arte e diagramação. E isso tem alguns porquês: além da arte ser um dos temas inerentes à revista, faz da diagramação (arte pouco valorizada nas revistas circulantes no estado, diga-se "de passagem") uma atração à parte. Parabéns ao José Quaresma, Igor Drey e demais envolvidos com a produção da, como há tempos não se via, bela revista TEREZONA.

Alguns comentários sobre o primeiro número: adorei o espaço que trata de lugares legais da cidade, ótimas dicas para "teresinenses não praticantes"! Obrigada por deixarem o microfone do Vazin aberto, coisa que sempre disser ser necessária nos shows da Validuaté. Sempre espero uma pérola e na entrevista, ela veio. Grata!

Páginas e páginas de arte de rua enchem os olhos, fazem admirar e pensar. O espaço destinado para impressões sobre uma cidade de outro país é nada além, do que se espera de uma revista que reflete uma cidade cosmopolita interiorana, ou aldeia metropolitana, globalizada (queria dar os créditos direitinho ao jornalista Francisco Magalhães, que publicou expressões "parecidas", e que, lógico, bem melhor descreviam a Teresina, na Revista Cidade Verde, mas não tenho a revista aqui comigo... pena. Prometo que quando pegar nela de novo coloco aqui direitinho, merece) como é Teresina.

Então, parabéns aos bem-feitores de TEREZONA! E que venham muitos outros números e que eles ganhem as bancas, as ruas e mais leitores! rs

Olha ela aqui!

7.8.11

A inutilidade do que é útil

De quê me serve saber que tudo passa? Se também sei que em cada momento, de dor ou alegria, as emoções devem ser vividas com intensidade. Não se pode, nem se deve, pular etapas.
Para quê dizer a verdade sempre? Ela pode ter tantos destinos. Parte das pessoas não vai entender qual a verdadeira intenção nisso. Outra parte nem vai perceber que existe uma intenção. Alguns, não vão acreditar, porque você fala como se estivesse brincando, então, pode ser apenas, isso, brincadeira, ou desculpa esfarrapada...E quem acreditar, pode não saber o que fazer com essa tal verdade.
De quê adianta saber que todas as pessoas mentem? Se é preciso confiar em alguém.
É como saber que você vai morrer uma dia e viver como se isso não fosse acontecer.

4.8.11

Alma-r

Saudade do mar!
Aquele catalisador de idéias.
Ele aqui e era só me jogar em suas águas.

Aquele som vai-e-vem.
O simples quebrar das ondas
que montam e destransformam qualquer forma de.

Por que?
Não consigo pensar a seco.
Não rego minha alma a álcool, mas a mar.

4.7.11

Aprendi com meu avô


Vovô conversa comigo e a cunhada dele.


Vovô diz: fulano de matou...
Ele tece outros comentários. Eu digo, meu brincando, meio sério:
- muito doido, né, vô?! Essas pessoas que se matam...
Ele tranquilamente fala como quem comenta, mas na verdade está ensinando.
- É. Só pode ser loucura mesmo. Não entendo. Viver é tão bom. Tem tanta gente querendo viver. Olha, não existe aperreio que justifique isso, por que você se aperreia um pouquinho assim, mas amanhã é outro dia. Logo vem uma coisa boa.
Olhando pra ele, e, sem o mínimo de criatividade para imaginar o que poderia ser um aperreio na vida dele, perguntei:
- O que é que poderia lhe aperrear hoje, vô?
Ele sorri e diz:
- Não sei... Bom, ficar “no prego”, com o carro atolado no meio do sertão, longe de qualquer lugar habitado, sem água, nem comida e um aperreio danado, não? Mas, aí sempre aparece alguém pra ajudar e pronto, problema resolvido.
Eu sorri e disse: “vô, mas, este não é um problema tão grave. E o senhor também não passa mais por isso.”
Mal imaginei a quantidade de simbolismo presente nessa história, que eu não havia entendido direito. Mas, ele me esclareceu. Antes de continuar, preciso acrescentar detalhes importantes para a compreensão dessa “lição de vida”. rs
Meu avô, Gerson Ribeiro, tem 100 anos de idade. Isso mesmo! Um século! Todos os fins de semana ele e um motorista vão há um (hoje) povoado chamado Pedra Miúda (Ah! Esses nomes típicos de localidades do interior nordestino... rs). As terras onde fica o povoado pertencem ao meu avô. A estrada é muito ruim, pra não dizer que, praticamente, não existe. No caminho a paisagem é típica do agreste piauiense. Uma casa aqui, outra acolá, há quilômetros de distância. A profissão do meu avô era a de motorista. Um dos primeiros desta região do Piauí. Ele dirigiu por mais de 50 anos, só parou porque a visão já não era tão boa. A idade sempre cobra algum preço, não é mesmo!? Bom, acho que já deu pra entender, não é?
Vovô disse: “ora, outro dia (26 de junho de 2011, apenas 21 dias depois de completar os cem anos de idade) eu estava voltando do interior e o carro atolou. O motorista tentou tirar o carro. Mas, quanto mais ele acelerava mais o carro afundava. Tentou, tentou e não conseguiu. Então, eu o mandei ir procurar ajuda, pra tirar o carro dali. Ele foi. Subiu uma ladeira enorme, só depois dela é que havia algumas casas. Eu fiquei no carro. E tirei o carro de lá. Subi a ladeira (dirigindo!) e quando cheguei na casa, os homens já estava saindo para ajudar a tirar o carro. Eles até estranharam o barulho do carro quando eu me aproximava.”
Estupefata eu disse: “sozinho? Como o senhor conseguiu?”
- Ora, dei uma “rezinha”, pra pegar o embalo e passei a primeira, e o carro saiu. Subi a ladeira (que é bastante íngreme) e quando cheguei lá em cima, todo mundo ficou foi admirado.
Ele conta essa história pra todo mundo, aos risos, orgulhoso do feito. E claramente conseguiu o objetivo. Consciente, ou não. Acredito que o que motivou Seu Gerson a pegar o volante e tirar o carro do atoleiro, não foi desespero (de ficar o meio do nada sozinho), ou impaciência de esperar a ajuda, nem coisa do tipo. Mas, sim, a vontade de viver, de se sentir vivo, de mostrar que pode ajudar em situações difíceis, se sentir útil. Tudo isso que deve motivar a todos nós a continuar vivendo apesar dos percalços, das dificuldades e problemas que todos temos.