Assim que o amor entrou no meio, o meio virou amor O fogo se derreteu, o gelo se incendiou E a brisa que era um tufão Depois que o mar derramou, depois que a casa caiu O vento da paz soprou
Clareou, refletiu, se cansou do ódio e viu que o sonho é real E qualquer vitória é carnaval, carnaval, carnaval Muito além da razão, bate forte emoção, ilusão que o céu criou Onde apenas o meu coração amará, amará
O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz
Vem aqui, vem viver, não precisa escolher os jardins do nosso lar Preparando a festa pra sonhar, pra sonhar, pra sonhar Faça chuva, vem o sol, em comum o futebol deu você e o nosso amor Convidando as mágoas pra cantar, pra cantar, pra cantar
O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz
Só tenho uma palavra para a mais nova revista de (/sobre) Teresina: AMEI!
Mentira, tenho muitas outras palavras! Bem mais que 140 caracteres, na verdade. Adorei a ideia (claro), os textos, os temas e, principalmente, a arte e diagramação. E isso tem alguns porquês: além da arte ser um dos temas inerentes à revista, faz da diagramação (arte pouco valorizada nas revistas circulantes no estado, diga-se "de passagem") uma atração à parte. Parabéns ao José Quaresma, Igor Drey e demais envolvidos com a produção da, como há tempos não se via, bela revista TEREZONA.
Alguns comentários sobre o primeiro número: adorei o espaço que trata de lugares legais da cidade, ótimas dicas para "teresinenses não praticantes"! Obrigada por deixarem o microfone do Vazin aberto, coisa que sempre disser ser necessária nos shows da Validuaté. Sempre espero uma pérola e na entrevista, ela veio. Grata!
Páginas e páginas de arte de rua enchem os olhos, fazem admirar e pensar. O espaço destinado para impressões sobre uma cidade de outro país é nada além, do que se espera de uma revista que reflete uma cidade cosmopolita interiorana, ou aldeia metropolitana, globalizada (queria dar os créditos direitinho ao jornalista Francisco Magalhães, que publicou expressões "parecidas", e que, lógico, bem melhor descreviam a Teresina, na Revista Cidade Verde, mas não tenho a revista aqui comigo... pena. Prometo que quando pegar nela de novo coloco aqui direitinho, merece) como é Teresina.
Então, parabéns aos bem-feitores de TEREZONA! E que venham muitos outros números e que eles ganhem as bancas, as ruas e mais leitores! rs
De quê me serve saber que tudo passa? Se também sei que em cada momento, de dor ou alegria, as emoções devem ser vividas com intensidade. Não se pode, nem se deve, pular etapas. Para quê dizer a verdade sempre? Ela pode ter tantos destinos. Parte das pessoas não vai entender qual a verdadeira intenção nisso. Outra parte nem vai perceber que existe uma intenção. Alguns, não vão acreditar, porque você fala como se estivesse brincando, então, pode ser apenas, isso, brincadeira, ou desculpa esfarrapada...E quem acreditar, pode não saber o que fazer com essa tal verdade. De quê adianta saber que todas as pessoas mentem? Se é preciso confiar em alguém. É como saber que você vai morrer uma dia e viver como se isso não fosse acontecer.
Vovô diz: fulano de matou... Ele tece outros comentários. Eu digo, meu brincando, meio sério: - muito doido, né, vô?! Essas pessoas que se matam... Ele tranquilamente fala como quem comenta, mas na verdade está ensinando. - É. Só pode ser loucura mesmo. Não entendo. Viver é tão bom. Tem tanta gente querendo viver. Olha, não existe aperreio que justifique isso, por que você se aperreia um pouquinho assim, mas amanhã é outro dia. Logo vem uma coisa boa. Olhando pra ele, e, sem o mínimo de criatividade para imaginar o que poderia ser um aperreio na vida dele, perguntei: - O que é que poderia lhe aperrear hoje, vô? Ele sorri e diz: - Não sei... Bom, ficar “no prego”, com o carro atolado no meio do sertão, longe de qualquer lugar habitado, sem água, nem comida e um aperreio danado, não? Mas, aí sempre aparece alguém pra ajudar e pronto, problema resolvido. Eu sorri e disse: “vô, mas, este não é um problema tão grave. E o senhor também não passa mais por isso.” Mal imaginei a quantidade de simbolismo presente nessa história, que eu não havia entendido direito. Mas, ele me esclareceu. Antes de continuar, preciso acrescentar detalhes importantes para a compreensão dessa “lição de vida”. rs Meu avô, Gerson Ribeiro, tem 100 anos de idade. Isso mesmo! Um século! Todos os fins de semana ele e um motorista vão há um (hoje) povoado chamado Pedra Miúda (Ah! Esses nomes típicos de localidades do interior nordestino... rs). As terras onde fica o povoado pertencem ao meu avô. A estrada é muito ruim, pra não dizer que, praticamente, não existe. No caminho a paisagem é típica do agreste piauiense. Uma casa aqui, outra acolá, há quilômetros de distância. A profissão do meu avô era a de motorista. Um dos primeiros desta região do Piauí. Ele dirigiu por mais de 50 anos, só parou porque a visão já não era tão boa. A idade sempre cobra algum preço, não é mesmo!? Bom, acho que já deu pra entender, não é? Vovô disse: “ora, outro dia (26 de junho de 2011, apenas 21 dias depois de completar os cem anos de idade) eu estava voltando do interior e o carro atolou. O motorista tentou tirar o carro. Mas, quanto mais ele acelerava mais o carro afundava. Tentou, tentou e não conseguiu. Então, eu o mandei ir procurar ajuda, pra tirar o carro dali. Ele foi. Subiu uma ladeira enorme, só depois dela é que havia algumas casas. Eu fiquei no carro. E tirei o carro de lá. Subi a ladeira (dirigindo!) e quando cheguei na casa, os homens já estava saindo para ajudar a tirar o carro. Eles até estranharam o barulho do carro quando eu me aproximava.” Estupefata eu disse: “sozinho? Como o senhor conseguiu?” - Ora, dei uma “rezinha”, pra pegar o embalo e passei a primeira, e o carro saiu. Subi a ladeira (que é bastante íngreme) e quando cheguei lá em cima, todo mundo ficou foi admirado. Ele conta essa história pra todo mundo, aos risos, orgulhoso do feito. E claramente conseguiu o objetivo. Consciente, ou não. Acredito que o que motivou Seu Gerson a pegar o volante e tirar o carro do atoleiro, não foi desespero (de ficar o meio do nada sozinho), ou impaciência de esperar a ajuda, nem coisa do tipo. Mas, sim, a vontade de viver, de se sentir vivo, de mostrar que pode ajudar em situações difíceis, se sentir útil. Tudo isso que deve motivar a todos nós a continuar vivendo apesar dos percalços, das dificuldades e problemas que todos temos.
Quando o assunto é audiovisual, Teresina tem muita história pra mostrar, em curtas ou longas metragens. Durante a década de 70 uma “turma” produzia um cinema com cara de Piauí, inspirado em influencias de fora, claro, mas com personalidade própria. Descacam-se desta época Torquato Neto e Durvalino Couto Filho, isto só para citarmos apenas dois “criadores” da época. O tempo passou e essa produção diminuiu por um tempo, sem nunca deixar de existir. Alguns meios de se manter uma produção razoável e incentivar os amantes de cinema a criarem seus próprios filmes continuavam a acontecer, como por exemplo, a Associação Brasileira de Documentaristas, que existe no Piauí desde 2002, além de alguns grupos de produtores de vídeo nas décadas anteriores. Movimentos para dinamizar o cinema local sempre foram a sensação da juventude mais “moderninha” e criativa de Teresina.
Em 2006, surgiu uma maneira diferente de dinamizar essa produção e, principalmente a difusão de audiovisual piauiense, o Coletivo Diagonal. Composto inicialmente por Aristides Oliveira e Meire Fernandes e que este ano ganhou a companhia de Roniel Sampaio.Eles se reuniram a partir de um interesse que começou na paixão pela fotografia e pelo audiovisual, amor e prática que os levaram a pesquisas acadêmicas, no núcleo de pesquisas da Universidade Federal do Piauí, o grupo de trabalho: história, cultura e subjetividade, coordenado pelo professor Dr. Edwar Castelo Branco e o NUPEAC – Núcleo de pesquisa da arte e Cultura do Piauí, coordenado pela professora Dra. Zozilena Froz.
Daí o coletivo já é responsável por várias mostras de vídeo realizadas em Teresina, como a Mostra Diagonal, Mostra de Cinema Marginal, Mostra de Cinema Marginal, Mostra Glauber Rocha, Mostra Zé do Caixão e Mostra Arnaldo Jabor, além de parcerias já estabelecidas com o Festival Nacional do Minuto, que nasceu em São Paulo e a Associação Vídeo Brasil, o que já rendeu à capital do estado exibições de vídeos internacionais, como a Itinerância Vídeo Brasil. “Trazer estas mostras para Teresina significa inserir a cidade no circuito nacional e até mundial de cinema e vídeo”, diz Aristides Oliveira.
E com isso o público só tem a ganhar, assistindo a vídeos que estão fora do circuito tradicional, ver o que está acontecendo pelo mundo do audiovisual e as novas tecnologias que estão sendo aplicadas na criação de vídeos e assistindo aos clássicos do cinema marginal. O coletivo diagonal, não se conforma em apenas trazer exibições para Teresina, eles promovem discussões sobre a criação de vídeos. “Não nos deixa satisfeitos apenas produzir vídeos, eles devem ser assistidos, problematizados. Por saber que temos um potencial criativo valioso nas várias linguagens cinematográficas, não queremos que a criatividade seja engavetada, devemos fazer as obras circularem em vários espaços, pois lançar um filme e nunca mais vê-lo é uma atitude que limita o circuito”, explica Aristides Oliveira, que diz isto com a intenção de incentivar a produção local.
Mas, esta também é a explicação para trabalharem como coletivo, uma forma de organização que amplia o valor e o tamanho dos trabalhos realizados e projetos que ainda estão por vir. Além de dar mais força a representatividade que eles pretendem no cenário do vídeo no Piauí, como se implicasse mais credibilidade frente aos grandes festivais ou mostras que circulam pelo Brasil a fim de revelar as produções audiovisuais do país e de outras partes do mundo. Esta credibilidade e representatividade que eles precisam também pra conseguir apoio para trazer essas mostras para o estado e, assim, incentivar a produção local, “O Piauí é um lugar que recebe pouco apoio nesse sentido, e trabalhar coletivamente para incentivar nossa produção é o meio mais urgente de fazer acontecer, não podemos esperar”, confirma Aristides.
É com esta pressa em ver acontecer que eles já se preparam para realizar a segunda mostra diagonal. De caráter não competitivo a mostra procura mapear as obras produzidas no eixo nacional, incentivando os produtores locais a exibir seus vídeos e manter um dialogo aberto com o cenário do vídeo artístico brasileiro. Com a divulgação através da internet o coletivo espera grande participação de produtores de outros estados, como na primeira mostra diagonal, que teve a maioria dos vídeos vindos de fora. A mostra acontece em novembro. “A intenção da mostra diagonal é criar novos espaços para a discussão, exibição e divulgação do material produzido através da linguagem audiovisual aqui em Teresina e traçar retas paralelas e transversais com as produções nacionais”, conta Meire Fernandes.
Esta é apenas uma das atividades do coletivo que colabora como principal objetivo destes jovens que não querem apenas produzir seus próprios vídeos, mas também, incentivar quem faz, ou quem apenas gosta de assistir e valorizar a sétima arte a comparecer aos eventos e assim, sendo platéia, crítica e exigente, claro, incentivar o aprimoramento da produção audiovisual no estado, e logo, no Brasil. “Nosso objetivo é formar platéia sólida a longo prazo, desaprender o ato de ver cinema, gerar debates, desmitificar o experimentalismo, friccionar uma nova possibilidade em Teresina na cultura audiovisual, incentivar nossos produtores a exibir mais suas criações”, diz Aristides.
Ao ver o trabalho realizado pelo coletivo, um dos primeiros produtores a passear por Teresina com um roteiro na cabeça e uma super 8 no ombro, Durvalino Couto, que fez parte da geração de 70, e participou de filmes com Torquato Neto, como o “Terror na Vermelha”, avalia que estes jovens podem garantir o futuro do audiovisual no Piauí: “quem sabe assim a produção de vídeos no Piauí pare de pular gerações e se torne continua, permanente”, diz esperançoso e confiante o publicitário e documentarista Durvalino Couto Filho.
*escrevi este texto há algum tempo, mas tá valendo! rs
Todo mundo já está sabendo que os presos provisírios vão poder votar nesta eleição. Certo, mas, e sempre existe um 'mas' (!), como assim?!
Realmente é de se interessar a quem vai se eleger que essa "parte do povo" vote já que a maioria dos presidiários no Brasil é de presos "provisórios", pra ser mais exata são 43%. Certo, não é a maioria, mas é um número considerável se analizarmos que o total é 191 mil pessoas. No piauí, esses números vão deixar os candidatos bem mais felizes, já que somos o estado brasileiro onde proporcionalmente houve menos julgamentos. No Piauí 71% dos presos são provisórios. Um eleitorado e tanto.
O ponto aqui é: a maioria destes presos provisórios está em petitenciárias irregularmente. Já que de acordo com a Lei ele não podem, independente do crime, passar mais que 5 meses atrás das grades sem um julgamento - cinco meses é um tempo máximo, porque na verdade esse tempo de espera depende, sim, do crime. Então, como pessoas que vivem de uma forma irregular tem o direito de ter a justiça (Eleitoral!) a seu lado para garantir o "direito" ao voto, enquanto a justiça criminal não dá a atenção devida para o direito à defesa e ao julgamento justo e no tempo determinado por lei?
Ontem mesmo conversei com um detento que trabalha do projeto "Pintando a Liberdade" coordenado pela Fundespi e ele me disse que há 4 anos e 4 meses (até os dias são contados lá!) aguarda pelo seu jusgamento.
Não digo que ele não devesse estar preso. Nem mesmo perguntei qual foi o seu crime, mas a Lei diz que ele já deveria ter sido julgado, há pelo menos 4 anos, certo? Mas esta não é a mesma Lei que diz que ele tem o direito de votar, certo?
Agora, quem souber me responda: como pode ser "consciente" um voto de uma pessoa que não recebe "santinhos"? Que não assiste ao menos ao Horário Eleitoral Gratuito na TV? Enfim, que não tem como conhecer os candidatos? como?
Outra grande questão e esta eu estou realmente curiosa pra saber: será que o desejo pelo voto vai levar os candidatos a deputado, governador etc. às penitenciárias?? E, principalmente, o que será que eles vão pormeter então? Julgamento? Isso a lei já "garante".
Melhores condições nas cadeias? Bom, isso deve estar na lista deles. Mas, quem sabe me dizer também, há quantas eleições a Penitenciária Irmão Guido (Teresina) tem uma "poça" de esgoto a céu aberto, que é apelidada de "projeto de criação de peixes"?? Isso é bem perto das celas!
É, não vi esses assuntos ainda na imprensa e eu só queria saber...