28.9.08

tempo tempo tempo...

há algum tempo tenho evitado fazer 'posts' sobre o tempo. primeiro porque o tempo, se fosse uma pessoa, não seria das mais legais...
sou sudosista. sempre fui. gosto de lembrar coisas, imaginar como poderiam ter sido... se você é assim, fique sabendo que nem todo mundo é. pelo menos eu acho, ou algumas dizem que não o são. bom, mas enfim, o importante aqui é que eu sou. importante pra mim, pelo menos...rs tá! vou deixar de enrolar.
acontece que a gente passa por fases, e como eu já disse aqui uma vez a vida acontece em uma hélice helicoidal, como o DNA. eu acabo de sair de uma fase em que me conformava de que tudo muda, deve mudar, é bom que mude (bom, pra ser sincera, poucas vezes achei isso na vida a não ser, claro, quando a mudança é boa, e isso acontece! pode crer! rs)
o pior das mudanças é que elas acontecem mesmo que você goste de como as coisas são e muito pode ser por colaboração sua mesmo, inconsciente ou não. outra coisa, uma mudança nunca vem sozinha, parece que vem como uma onda no mar arrastando tudo, taí uma das melhores definições que já deram pra vida tbm: "como uma onda no mar".

esperei muito tempo pra dizer uma coisa pra uma pessoa... queria dizer em uma "ocasião"dessas que a gente pensa ser especial. aí, o menino do buchão chamado tempo e levou seu brinquedo preferido embora sem perguntar se eu ainda queria brincar. eu so queria dizer o quento essa pessoa é, e/ou seria, mesmo que sua casa não tivesse sido o primeiro lugar pra onde fui dirigindo "sozinha"... ainda posso dizer, mas não é a mesma coisa. sabe? as coisas mudam...

tenho algumas coisas pra dizer a outras pessoas, uma já desisti: parace que o menino do buchão brinca sério com ele. eu só queria que essa pessoa me entendesse. parece que Ele não segue o ritmo do mundo, das ondas ou das hélices. simplesmente não muda!
a outra eu posso dizer qndo eu quizer, sei que ela vai entender, sei que vai até gostar, sei que se falar Essa fase pode mudar pra melhor. eu só queria lhe perdir desculpas...

mas,(e lá vem o Mas) eu não falo, ainda não descobri porque mas essa é uma arte que eu ainda não domino direito, falar as coisas certas, para as pessoas certas, na hora certa, que ironia se pensarmos a profissão que escolhi.

pronto, o botão de ignição foi acionado. está de volta a consciência de que tudo muda mesmo, mas como perder esperanças nunca foi mesmo uma prática corriqueira pra mim, sei também que algumas coisas podem ser revertidas. {tomara}

- ei! menino! tenho um briquedo novo pra você. Quer???

ahh, vcs já viram a propaganda do governo pro povo usar o cinto de segurança e não beber antres de dirigir, legal né!? rsrsrsrs

17.9.08

Mas, num é que 4 anos é muito tempo mesmo!

as pessoas que conheci, as amizades que ganhei, as inesquecíveis
viagens pelo movimento estudantil, o próprio movimento estudantil que
tantas alegrias, frustrações e arrepios na espinha me proporcionou. a
sala de aula era um detalhe, apenas uma galaxia no universo infinito
da UESPI, da universidade. fases: criei, sorri, estudei (sim, eu consegui fazer
isso...rs mesmo que não tanto qnto eu deveria...ou gostaria), viajei, sorri, corri,
matei a charada da caça ao tesouro, naquela gincana (é no meu Curso
Universitário teve até gincana! rs), sorri, falei, sorri. pintei a
cara de palhaça, sorri, protestei, sorri, fiz pedágio, sorri, arranjei um estágio, sorri, aprendi muito, sorri, fiz mais amigos, sorri, fiz um
documentário, sorri, tirei 10! chorei.
e sorri!
em 4 anos tanta coisa aconteceu, nem um filme seria capaz de contar.
só a vida mesmo pra ter tempo pra tantas coisas que acontecem sem hora
marcada.

como sempre é preciso fazer, eu agradeço:
agradeço a Deus, por ter passado na Uespi, e não em outro lugar.
agradeço à minha mãe por dizer, no dia que ouviu meu nome no rádio,
ouvindo-se o BG - "Alô mamãe, alô papai! podem soltar foguetes que eu
passei no vestibular!" - "mas ano que vem você vai fazer vestibular de
novo pra federal!", agradeço aos amigos que fiz e aos que já tinha
pelas contribuições neste crescimento. agradeço à minha mãe por sempre
perguntar onde eu estava até 22h. agradeço aos bons professores que me ensinaram o que se deve fazer em jornalismo. agradeço à minha mãe por
sempre perguntar: como foi a prova?, agradeço aos bons professores (que com muito boa vonade e naturalidade) me ensinaram como NÃO se deve praticar o jornalismo, agradeço à
minha mãe por dizer: mande esse professor à...!!! e ao papai, por
dizer:eu vou lá falar com ele! (kkk), agradeço ao movimento
estudantil, por ter-me feito conhecer tantas coisas e pessoas, pelas discussões,
pelos atos, pelas amizades, pelos benefícios para a universidade (é! a nossa casinha de campo, ou melhor, laboratório de TV está ficando pronto! finalmente!),
ocupações na reitoria, Erecom Piauí 2008, pelo tchu tchu o tchu tchuá
e o abraço coletivo e mil e uma outras musiquinhas não repetitivas, e pelas viajens (Belém, Alagoas, Tocantins, Salvador, Fortaleza) agradeço à minha mãe por sempre ter deixado eu ir e bancado as primeiras... agradeço a meu pai, pelo relógio(!) e saco de dormir na
primeira viagem. agradeço ao mundo de pessoas que ajudaram a
concretizar o sonho do documentário "Intervenções para todos os
sentidos" em especial os meninos do coletivo viva tosco, ao francimar,
e principalmente a parceira de "vai dar tudo certo" Larissa Neiva - a
amiga de trabalhos a 4 mãos e conversas de azulão e pra toda a vida.
agradeço à minha mãe pelas caronas nos trabalhos e para o trabalho que
arranjei há uma ano, e também me ensinou muuuita coisa e está dando a
oportunidade que poucos têm de já ser contratada, mesmo antes de sair
de vez da universidade. Obrigada!
mas sei que ainda tem muito que agradescer, afinal, ainda tenho um ano
de universidade pela frente, pois o curso de Relações Públicas acabou de começar.
mas sei, que nada será como antes, pq como diria Lulu, "nada do que
foi será, de novo, do jeito que já foi um dia". mas a vida é assim
mesmo. isso é uma coisa que fui obrigada a aprender...
e muito obrigada por isso também!

e passar por tudo isso com 10 no fim, é bom de mais! rsrssr

flw todo mundo!

9.9.08

BILHETE DEIXADO PELO FILHO..

olha só a minha má influência:
meu amado primo do coração - Ígor Medeiros
que me mandou a seguinte inspiração pra o que vcs leram dois posts atrás:


O pai entra no quarto do filho e vê um bilhete em cima da cama. Ele lê
o bilhete temendo o pior:
'Caro Papai, é com grande pesar que lhe informo que eu estou fugindo
com meu novo namorado, Juan, um Argentino muito lindo que conheci.
Estou apaixonado por ele. Ele é muito gato, com todos aqueles
'piercings', tatuagens e aquela super moto BMW que tem. Mas não é só
por isso, descobri que não gosto de jeito nenhum de mulheres e, como
sei que o senhor não vai consentir com isso,decidimos fugir e ser
muito felizes no seu 'trailer'.
Ele quer adotar filhos comigo, e isso foi tudo que eu sempre quis para
mim. Aprendi com ele que maconha é ótima, uma coisa natural, que não
faz mal a ninguém, e ele garante que no nosso pequeno lar não vai
faltar marijuana. Juan acha que eu, nossos filhos adotivos e os seus
colegas 'gays' vamos viver em perfeita harmonia.
Não se preocupe papai, eu já sei me cuidar, apesar dos meus 15 anos já
tive várias experiências com outros caras e tenho certeza que Juan é o
homem da minha vida.
Um dia eu volto, para que o senhor e a mamãe conheçam os nossos
filhos. Um grande abraço e até algum dia.
De seu filho, com amor.'
O pai quase desmaiando continua lendo.
'PS: Pai, não se assuste, é tudo mentira!!!
Estou na casa da Priscila, nossa vizinha gostosa. Só queria mostrar
pro senhor que existem coisas muito piores do que as notas vermelhas
do meu boletim, que está na primeira gaveta.
Abraços,
Seu filho, burro, mas macho.

6.9.08

Sem intenção...

ela rasgava toda a correspondência. eu queria que ela se acostumesse a
ficar amarrada. ela pulava em mim qndo eu chegava. qndo ela estivesse
maior eu nõa ia aguentar ela pulando em cima de mim... e ela não iria
querer ficar amarrada.
a coleira nem cabia direito nela. ficava folgada. tive que fazer outro
buraquinho pra encurtar, mas ainda assim...se ela tentasse dava pra
escapa...
amarrei ela na janela dos fundos e pensei. qndo que voltar ao meio dia
ainda não vai estar no sol e eu a coloco do outro lado da casa.
mas eu errei a janela. não conheço a pratica do sol ao redor da minha
própria casa. irresponsabilidade você pode pensar. mas você conhece?
demorei mais do que previa. nunca tinha chegado tão tarde em ksa. eram
duas horas da tarde qndo cheguei para resgatála da tortura que eu
mesmo impus.

Teresina. Sol. 12h. 13h. 14h. Sol. Teresina.

ela não se levantava mais. não sei nem como conseguiu se deitar. o
chão era uma frigideira em fogo alto. peguei-a nos braços. coloquei na
sombra. ela vomitou. fui pegar água, mas já não bebia. o leite que ela
tanto gostava e pedia aos pulos, não a levantou. molhei tudo ao
redor. tentei esfriá-la. ela levantou algumas vezes, mas cambaleava,
mal sustentava o pescoço. levantava de novo para mudar de posição.
pensei: ela vai melhorar. eu dava de pouco em pouco, água com a
mangueira, porque ela não ia à tijela beber sozinha.
tentei. consegui. tentei. ela já não abria mais a boca.
colocamos no carro. não deu tempo de chegar ao Hospital Veterináiro
Universitário.
ela foi pra autópsia.
causa mortis: cachorrada!
- pra não dizer burrice...
foi sem intenção. mas, os 2 quilos de ração no armário me lembram que
a culpa é minha.
- mais triste pq fui eu quem matou e porque foi do jeito que foi...

5.9.08

Pra contar uma 1mm de linha, desenrole um carretel...

- alô
- oi!
- você ‘tá com saudade, heim?!
- pai...
- o que foi?
- pai, eu... eu... achei a chave que o Sr. escondeu. Mas isso o Sr. já sabe, né? mas acontece que eu sai no carro. Fui andar... treinar... mas como o Sr. tinha previsto, isso não deu muito certo... eu fiz um retorno onde não podia e vinha um ônibus... foi muito rápido. Ele bateu em mim. Acabou tudo, pai. A frente do carro ficou toda amassada. O motor deu perda total. Eu? não eu só quebrei a perna, acabei de voltar do hospital, tá aqui engessada, daqui a três meses volto no Hospital, pra operar. O Sr. Tinha toda razão Pai, eu ainda não tinha prática pra sair dirigindo por aí. O Sr. Estava certo! Eu não deveria ter saído no carro, mesmo que o Sr. Não tivesse me proibido, só o fato de ter escondido a chave já era pra eu entender que algo poderia acontecer. O Sr. Como sempre, estava certo! Mas não se preocupe não Pai, o Carro já está na oficina e eu pago, viu?! qndo o Sr. voltar dia 15 ele já vai estar novinho. pode deixar!
- tu...tu...tu...

No dia 15:
- oi! cadê a perna engessada?
- não, já estou melhor... eu tirei o gesso. deixa eu te mostrar! olha aqui! taí Pai, novinho!
Só ficou esse arranhãozinho aqui...mas isso é o de menos né!?

mas, se eu contasse assim, será que a reação seria a mesma?




meus pais viajaram...
então: estou sozinha. estou pegando o carro pra ir resolver minhas coisas, visitar a minha tia...rs fui pra tv ontem de carro. caran, eu andei em uma avenida movimentadissima (Av. Maranhão, grande avenida de Teresina) em horário de pico!!!!
parei no sinal em subidas!!! fiz 'aquela' curva, na boa (essa eu cito, pq até o papai se enrola nela, as vezes...)
aí eu penso: "nossa! tow orgulhoza de mim!!!" é só o pensamento se calar que ao entrar na tv, eis que o portão não era tão largo como eu pre-vi! arranhoouuu.... fiz a curva muito fechada e a parte do pneu de traz raspou no portão........
mas, foi só aqule arranhão de pintura... sabe aqueles risquinhos horizontais por uma área maior que 10 centímetros! pois é! eita!

Teatro que faz - aniversário

Um teatro é feito de atores, técnicos e, principalmente, platéia. O público vai ao teatro, geralmente, acompanhar as histórias interpretadas pelos atores que dão vida a elementos saídos da imaginação de um dramaturgo. Mas, esse mesmo publico também pode ser protagonista. Se olharmos para as cadeiras vermelhas do teatro 4 de Setembro vamos encontrar a dona Maria da Cruz, que aos 48 anos de idade nunca havia entrado no teatro, mas desta vez compareceu, influenciada pela sobrinha, que faz balé.

O motivo da “visita” foi a abertura das comemorações dos 114 anos do teatro 4 de setembro, com a peça Romeu e Isolda, produzida pela oficina de teatro Procópio Ferreira, que há 20 anos forma atores dentro da casa de espetáculos mais tradicional do Piauí.

Mas, ao contrário de dona Maria, encontramos também Jéssica Teixeira que vinha ao teatro desde pequena. “Minha mãe me trazia sempre, pra ver as peças infantis, ainda lembro dos palhaços, depois parei de vir, porque ela não podia mais me trazer, mas agora estou voltando”, conta a garota que hoje tem apenas 16 anos. “Vir ao teatro pra mim desde criança me estimulou a ler, para conhecer outras histórias”, complementa a estudante.

Sentado ao seu lado um rapaz comenta que o teatro é um lugar sem barreiras. “Pessoas de qualquer classe social podem entrar aqui e vão ter os mesmos direitos, o teatro não faz distinção, e ainda mostra, através das peças, a realidade que encontramos em livros”, conta Jallyson Maia, que aos 18 anos está começando a freqüentar o teatro. “O que me chama atenção também é a interpretação dos atores, eles aproximam as histórias da gente, o público”, acrescenta Jallyson.

Para outra personagem da história qe vemos hoje, o teatro não é só maravilha, a professora Charlene Silva, acredita que o teatro poderia ser maior. “Porque, mesmo que muitas pessoas não acreditem, o público teresinense gosta muito de teatro e tem se aproximado cada vez mais, com o incentivo de projetos como o 1,99, o seis e meia, que barateiam a entrada, desmistificam a crença que o teatro é coisa para elite e trazem artistas de fora para fazer show aqui”, diz Charlene que “sempre que pode” frequanta o teatro, e comenta ainda que não esquece a ultima peça que assistiu: “Black Shit”, no dia 2 de setembro. “Ainda hoje, quando eu lembro, fico sorrindo sozinha”, ela diz. É Charlene o teatro faz isso com a gente.

Mas para que tudo isso possa acontecer e para que nos pareça o mais real possível e assim, mexa com nossas emoções, muitas pessoas trabalham nos bastidores, um deles é o Seu Zezé, ele foi ator, está há mais de 30 anos no 4 de Setembro, levando alegria para a vida do público e para a dele também. “Abdiquei de muita coisa para continuar trabalhando aqui, mas é só amor por isso aqui, vale a pena”, conta sobre sua trajetória o ator que decidiu ficar na coxia para acompanhar a vida que acontece no momento em que a fantasia deixa o palco.

Hoje ele é supervisor técnico do 4 de setembro, casa que marcou e vem marcando a vida de atores, técnicos e platéia.