22.6.08

tbm sou...

Passageiro

Minha casa fica do lado
Esquerdo do peito
Do outro lado do mundo
Sem frente nem fundos
Não faz sequer esquina
Com a razão
É uma caverna encravada
No sertão da minha saudade
Um litoral com um vento
De jogar frotas de navios
Sobre essa realidade engarrafada
Com água de torneira
Vendida como raridade importada
Minha casa tem paredes pintadas
De solidão
Jardim semeado de nuvens
Casa das aves de arribação
Ando onde a estrada não tem pretensão
De destino
Não há lugar que me guarde
Nem caminhos que não me extraviem
Quando sonho o futuro já é história
Quando acordo o infinito acabou

Angelo Alfonsin

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Aline, obrigado pela força.
Fiquei muito feliz com a tua escolha.
Espero tua visita, entre sem bater.
Descobri teu blog agora e me descobri um pouco também.
beijo